Quatro milhões de brasileiros vivem em áreas de risco

 

 

Publicado em 20/01/2023 - 13:49 Por Gabriel Corrêa - Repórter da Rádio Nacional - São Luís (MA)

 

A cada ano, o período de fortes chuvas traz uma grande preocupação com a segurança das pessoas que vivem em áreas de encostas, serras ou próximas de rios e córregos.

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, o país tem quase quatro milhões de pessoas que moram em mais de treze mil áreas de risco.

Mais da metade vive sobre a ameaça de deslizamentos, um terço de inundações e o restante de erosões, enxurradas e quedas de blocos, por exemplo. No total, quatro mil localidades são classificadas como de risco muito alto.

 

 

Cerca de 4 milhões de brasileiros moram em áreas de risco, aponta pesquisa

 
 
 
Região atingida por deslizamentos de terra em Recife, Pernambuco. Foto: João Carlos Mazella/Fotoarena/Estadão Conteúdo
 
Os estados mais impactados são Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo
 
 

Por Amanda Garcia / CNN

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o país tem 3,9 milhões de pessoas que vivem em 13.297 mil áreas de risco. Dessas, 4 mil localidades são classificadas como de “risco muito alto”, de deslizamentos e inundações, por exemplo.

Os estados mais impactados são Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.

O pesquisador do SGB Tiago Antonelli lembrou que as pessoas não moram nessas áreas porque querem.

“Elas estão lá por necessidade e omissão do poder público local, o risco geológico geralmente está em áreas periféricas, que não estão no Plano Diretor e, em épocas chuvosas, causam danos e mortes”.

A legislação municipal, segundo ele, rege “quais são os locais aptos a receberem construções e como devem ser as obras para contenção. Em áreas ocupadas irregularmente isso não acontece”.

Tiago afirma que a médio e longo prazo, para solucionar o problema, as prefeituras “precisam fiscalizar para que as ocupações não ocorram mais e a municipalidade dê estrutura necessária para segurança.”

“Infelizmente, a situação do Brasil é que áreas de risco aumentam e temos essa missão de identificar essas áreas e dar luz aos municípios para a boa gestão, seja com obras ou removendo famílias”.

A prevenção de desastres, de acordo com Tiago, depende de toda uma cadeia.

“Há o mapeamento, emissão de alerta, que passa pela Defesa Civil para fazer a remoção das pessoas”.

Ele fez a ressalva de que “não adianta ter mapeamento se não souber colocar a política em prática, há uma série de fatores necessários antes do evento geológico, que muitas vezes não funciona e faz vítimas”.

O especialista destaca que a responsabilidade da gestão e identificação de riscos é dos municípios, embora os governos estaduais e federal prestem suporte.

 

FONTES: AGÊNCIA BRASIL E PIMAMAZÔNIA

PUBLICADO POR DPG TV INTERNACIONAL - JORNALISTA GILBERTO COSTA BORCHE - DRT/RO 0001753