Ministra da Cultura convoca reunião com técnicos do Iphan para avaliar danos a prédios históricos

Terroristas bolsonaristas invadiram a sede dos três Poderes da República no domingo e destruíram instalações

Di Cavalcanti, Constituição e vitral: extremistas destroem acervo cultural e histórico

Ao menos seis golpes furaram a tela 'As Muladas', de Di, enquanto vitral atingido pertence a uma das vitralistas mais importantes do País

 

 

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, vai se reunir na tarde desta segunda-feira (09) com técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para avaliar os danos contra o patrimônio público cometidos durante ataques terroristas promovidos por bolsonaristas.

Em uma publicação no Twitter, Margareth afirmou que a Unesco no Brasil ofereceu ajuda para contribuir com a restauração do patrimônio. Além disso, segundo a ministra, já há uma rede de colaboradores que atuam na área de restauração de obras de arte para auxiliar o governo.

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É urgente avaliarmos os danos e começarmos a recuperação e restauro de todo patrimônio que foi brutal e absurdamente arrasado. Um quadro de Di Cavalcanti destruído a facadas revela tamanha ignorância e violência desses atos abomináveis. Brasília é patrimônio histórico material e imaterial do Brasil e vamos trabalhar unidos para a reconstrução de tudo que foi violado, escreveu Margareth em sua conta no Twitter.

 

 

 

A ministra está em Salvador e embarca para Brasília ainda nesta manhã para conduzir o levantamento dos danos ao patrimônio.

No domingo, terroristas bolsonaristas invadiram a sede dos três Poderes da República e destruíram os prédios históricos. Os golpistas se opõem ao resultado das eleições. A ação culminou em 204 prisões em flagrantes. Além disso, outras 1200 pessoas que estavam acampadas diante do QG do Exército, em Brasília, foram detidas para averiguação na manhã desta segunda-feira.

Inventário das obras destruídas
O Palácio do Planalto divulgou nesta manhã uma lista prévia de obras danificadas pelos terroristas. Em meio ao acervo, obras como "As mulatas", de Di Cavalcanti foi danificada com sete rasgos de diferentes tamanhos. A obra é estimada em R$ 8 milhões. Segundo o Planalto, trata-se de uma das mais importantes obras do pintor.

Esculturas também foram danificadas: a obra "O Flautista", de Bruno Jorge, avaliada em R$250 mil, foi completamente destruída. Uma escultura de Frans Krajcberg , avaliada em R$ 300 mil, também foi atingida.

Além disso, móveis históricos foram depredados pelos terroristas como a mesa de trabalho do ex-presidente Juscelino Kubitscheck. Segundo o Planalto, "a mesa foi usada como barricada pelos terroristas". Outra mesa histórica teve o vidro quebrado.

Os golpistas também destruíram um relógio doado pela Corte Francesa a Dom João VI. Em todo o mundo havia apenas duas peças, uma delas foi destruída pelos terroristas bolsonaristas. A outra, está exposta no Palácio de Versalhes, na França.

Apenas parte dos danos foram levantados pela equipe do Palácio, ainda haverá atualizações acerca dos danos ao acervo.

 

BRASÍLIA - Além da destruição parcial da estrutura de prédios históricos de Brasília, neste domingo, 8, os extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também danificaram obras de arte guardadas nos Três Poderes e expostas ao público.

Trabalhos de artistas como Di Cavalcanti e Marianne Peretti foram deliberadamente atacados pelos radicais. Obras entregues como presentes aos Três Poderes por lideranças e representantes de outros países também foram destruídas.

O vitral "Araguaia", de Marianne Peretti, foi depredado. A obra fica no Salão Verde da Câmara dos Deputados e é um dos principais símbolos do espaço por onde circulam deputados e jornalistas.

A escultura 'Bailarina' (1920) de Victor Brecheret foi furtada da Câmara dos Deputados. Já o quadro 'Mulatas' de Di Cavalcanti foi rasgado. Os danos não foram divulgados, mas são astronômicos. Destruíram n só parte da história, arquitetura ou arte, mas também parte da democracia
 
                                                                                                                                                                                                                                          
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A base da escultura "Bailarina", do artista Victor Brecheret, não está mais no lugar em que estava, na Câmara. Nas redes, internautas alertam para a possibilidade de a obra ter sido roubada.

No Palácio do Planalto, um painel do modernista Di Cavalcanti foi perfurado. As imagens divulgadas pelo governo mostram ao menos cinco buracos na obra. Outras telas foram destruídas ou pichadas pelos apoiadores de Bolsonaro.

Nos demais Poderes, obras históricas também foram perdidas. Ao invadirem o Supremo Tribunal Federal (STF), os golpistas pegaram uma réplica da Constituição de 1988, exposta onde no Salão Branco da Suprema Corte. O exemplar original, segundo o STF, está guardado no museu do órgão.

O brasão da República do plenário do STF foi removido do local e levado para fora do prédio. Extremistas posaram para fotos com o emblema em mãos. As cadeiras usadas pelos ministros nas sessões da Corte também foram arrancadas e destruídas.
 
No Palácio do Planalto, os terroristas invadiram o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Foram roubadas armas letais e não letais, segundo divulgou a Secretaria de Comunicação da Presidência.
 
Bolsonaristas assaltaram a República O ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta e o secretário do Ministério da Justiça, @wadih_damous denunciaram o roubo de armas letais e não letais da sala do GSI no Palácio do Planalto. Mais um crime cometido pelos inimigos da democracia!
 
FONTE: TERRA E FOLHAdePERNANBUCO
PUBLICADO POR DPG TV INTERNACIONAL - JORNALISTA GILBERTO COSTA BORCHE - DRT/RO 0001753